Numa altura de redirecionamento da minha carreira, quando surfar era um raro privilégio que acontecia nas pausas de emails infinitos, tirei uma manhã de sol para ir surfar. Estava o Kanoa Igarashi (um dos melhores surfistas que anda para aí, para quem não conhece) na água e, na minha última onda, dei um aéreo reverse fofinho mesmo à sua frente. Antes mesmo de aterrar a manobra, fiquei orgulhoso e dei um fist bump a mim próprio por ter feito algo interessante à frente de um surfista daquele calibre.

Quando estava na areia, outro surfista meu conhecido que também saía da água acercou-se-me e elogiou a minha manobra (fist bump mental).

“O que andas a fazer? Como vai a vida?” Essas coisas que se perguntam… Contei-lhe da faculdade, da música e, quando lhe mencionei os meus projectos, recebi de volta uma resposta mais ou menos assim: “A sério? Eu sou brand manager da Tabasco e andamos muitas vezes à procura de conteúdos como os que tu te propões a fazer. Envia-me uma apresentação disso, por favor”. E assim, de um aéreo reverse numa soalheira manhã, nasceu o Spicy Sessions – uma série que pretende mostrar como a gastronomia e a vida nos vários destinos de surf do país podem ser apimentadas pelo molho Tabasco.

E, agora sim, começa o texto: depois de filmar dois episódios desta série apercebi-me de algo espectacular. Para além da óbvia razão que é estar a trabalhar no que gosto associado a uma marca com uma imagem e mensagem muito interessantes, esta série tem um elemento que me motiva mais do que quase tudo: come-se muita, muita bem!

 

 

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É verdade. Não sei se viram o episódio I (não? está AQUI) mas vocês olharam bem para o bifinho que estava no meu prato? Viram o camarãozinho e as lulas fritas com que eu e a White Flag Productions fomos presenteados no Páteo do Petisco? E esta francesinha? Para quem não entendeu – é uma francesinha de camarão tigre… não um camarão assim normal, qualquer, não – tigre.

Numa altura em que ser surfista significa, normalmente, ver em arroz com atum e oregãos uma iguaria das arábias, confronto-me com uma nova questão que pode revolucionar para todo o sempre a forma como eu vivo o surf: Contar histórias é agora a minha cena, a minha onda, a minha praia. Mas, a partir de agora, se estas histórias envolverem andar a comer por aí, o orçamento de produção será como o molho tabasco – bom, picante e barato!

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